Em tempos de incerteza, poder contar com uma reserva de emergência é muito importante. Confira as melhores dicas para começar a montar a sua!

Reserva de Emergência

Uma pesquisa levantada pela Acordo Certo aponta que 56% dos brasileiros têm dificuldades para guardar dinheiro. Isso reflete que os desafios em montar uma reserva de emergência podem ser ainda maiores.

Pensando nisso, criamos um passo a passo simples e rápido para você começar a fazer a sua reserva, mesmo que começando com pouco. Confira!

A pandemia de Covid-19 afetou a população brasileira de diversas formas. Muitos perderam o emprego, outros tiveram cortes consideráveis de salário e quem já não tinha emprego teve ainda mais dificuldades para reingressar no mercado de trabalho.

Frente ao atual cenário de incertezas, a importância de poder contar com algum dinheiro extra é ainda maior, além de ser um grande alívio para o bolso. É aqui que entra a importância de começar a sua reserva.

Confira tudo o que você precisa saber sobre a sua reserva de emergência.

O que é reserva de emergência

A reserva de emergência é um dinheiro que você guarda, sempre que possível, para momentos de necessidade. 

Por exemplo, se acontecer alguma urgência médica ou se você perder seu emprego, você terá um dinheiro para se manter sem ter que se preocupar com outra renda imediata. Assim, a sua reserva existe como medida preventiva para lidar com imprevistos do tipo. 

Como funciona a reserva de emergência 

Ela funciona através da do dinheiro que você guarda ou investe: o ideal é que você tenha o valor equivalente a alguns meses do custo da sua vida. 

Este dinheiro pode ser guardado ou investido em um local seguro e que seja fácil de fazer o saque, caso aconteça de fato uma emergência.  

Especialistas financeiros recomendam que o dinheiro da reserva de emergência seja investido em uma aplicação segura, como no Tesouro Selic por exemplo. Muitas pessoas costumam colocar este valor em poupança ou deixar em uma conta digital que ofereça rendimento diário.  

Quanto deve ser a reserva de emergência?

Para montar a sua reserva de emergência, você precisa ter uma quantia que consiga te sustentar por no mínimo 3 meses caso seja demitido do seu emprego ou tenha alguma redução da renda mensal. 

Este valor pode ser estendido por 6, 12 ou até 18 meses: tudo depende de quanto você consegue guardar por mês e também dos custos da sua vida.  

Para descobrir qual é este valor, você precisa anotar todos os seus custos fixos mensais, como aluguel, condomínio, conta de água, energia, internet, telefone, compras no mercado, plano de saúde, custos com educação, entre outros.  

Depois de anotar todos estes custos, você saberá mais ou menos qual é o custo da sua vida por mês, e aí conseguirá calcular quanto deve ser a sua reserva de emergência. 

Resumidamente: pegue o valor das suas despesas mensais e multiplique por 3, que é o mínimo para montar uma reserva de emergência.  

Sabemos que esse valor pode ser difícil de juntar, mas não desanime: comece aos poucos, juntando um pouquinho por mês, o valor mínimo que você conseguir já está ótimo, pois os juros compostos dos investimentos vão te ajudar!  

Com o tempo você conseguirá garantir um mês do seu custo de vida, depois dois meses, e assim vai.  

Lembre-se: você não precisa ter pressa e nem se endividar para montar a sua reserva de emergência ?  

Quem deve ter reserva de emergência?

Todas as pessoas que têm família para sustentar ou possuem custos fixos mensais deveriam ter uma reserva de emergência, principalmente aquelas que possuem despesas que ficam na média de R$2.000,00 por mês.  

Onde guardar a reserva de emergência?

Para que a sua reserva de emergência cresça e aproveite rendimentos, o ideal é que você aplique o dinheiro em algum investimento seguro como o Tesouro Direto, que é vinculado com a Taxa Selic. 

Outra opção fácil e prática é deixar o dinheiro da reserva em uma conta digital que ofereça rendimentos, como a conta do Banco Pan, do Next, Nubank, etc.  

Quais os melhores investimentos para reserva de emergência

Abaixo reunimos as melhores opções para deixar a sua reserva de emergência. Algumas delas são um pouco mais avançadas, mas são seguras:  

  • Tesouro IPCA+  
  • Investir em CDB Diários (Certificado de Depósito Bancário)  
  • Investir em Fundos de Renda Fixa 
  • Investir em LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio

Quando usar a reserva de emergência?

A reserva de emergência deve ser usada principalmente nos seguintes momentos:  

  • Quando acontece uma redução inesperada da sua renda que te impede de seguir pagando suas contas fixas nas datas de vencimento, por exemplo em uma demissão ou em redução de trabalhos autônomos 
  • Quando acontecem situações emergenciais relacionadas a saúde, como cirurgias, acidentes, etc. O dinheiro pode ajudar com tratamentos e compra de remédio 
  • Quando acontecem emergências com a sua casa, como alagamentos, incêndios ou mesmo quando um eletrodoméstico importante quebra, como geladeira, fogão, etc. 

Ou seja, a reserva serve justamente para você conseguir agir rapidamente em uma emergência e também para que não atrase nenhum pagamento, evitando assim a inadimplência, o score baixo e o nome sujo

Passo a passo para montar a sua

Antes de qualquer coisa, é preciso entender o principal propósito de manter a sua reserva. O recurso deve ser construído pouco a pouco e só deve ser utilizado em casos de extrema necessidade.

Sabe aquele ditado, “esquecer que você tem esse dinheiro”? Se você organizar as suas finanças para conseguir alimentar a sua reserva de emergência pouco a pouco e com propósito, esse dinheiro pode ser uma grande ajuda para momentos de incerteza.

Monte (e entenda) seu orçamento

Para manter a sua reserva de emergência, é importante anotar todo o dinheiro que entra e tudo o que você gasta. Para isso, você pode contar com a ajuda de uma planilha de gastos pessoais, seja na ponta do lápis ou na tela do celular.

Ao saber os valores das suas entradas e saídas financeiras, você saberá o quanto poderá disponibilizar a cada mês para investir na sua reserva de emergência. Lembre-se: mesmo que você comece guardando pouco por mês, o importante é guardar.

Para isso, o recomendado por especialistas em finanças é que a reserva de emergência some de 3 a 6 vezes o valor total do seu custo de vida. Ou seja, se o total dos seus gastos fixos ao mês é R$ 3.000, a sua reserva deve ser de, ao menos, R$ 9.000 — mas fique tranquilo, porque como dissemos aqui em cima, aos poucos você vai criando este montante. Na verdade, o essencial para conseguir é ter o foco em criar (e alimentar) a sua reserva.

Escolha o investimento

Sabemos que é preciso conseguir guardar dinheiro para criar uma reserva, mas onde seria a melhor opção? Considere aplicações que façam o seu dinheiro render, mas que também possuam liquidez (ou seja, que você possa resgatar esse dinheiro a qualquer momento, sem perder nenhum centavo investido).

Aplicações em Tesouro Selic, CDBs diários e Fundos DI podem ser ótimas opções para criar uma reserva de emergência. Porém, antes de escolher o tipo de investimento, estude em detalhes as características de cada um para saber qual seria a opção mais vantajosa para seus objetivos e possibilidades financeiras.

Faça sobrar cada vez mais

Agora que você escolheu a aplicação, chegou a hora de fazer os aportes mensais (quanto você pretende aplicar por mês). Para definir esse valor, é importante sobrar algum dinheiro ao final do mês — seja R$ 10, R$ 100 ou R$ 1000. O mais importante é se planejar para conseguir poupar sempre o mesmo valor.

Assim, você pode começar cortando gastos que possam ser desnecessários. Ao analisar o seu orçamento e visualizar tudo o que você ganha e gasta, você consegue cortar alguns gastos aqui e ali para, então, direcionar esse dinheiro aos aportes mensais da sua reserva.

Além disso, você pode tentar levantar uma renda extra que pode te ajudar a complementar o valor que você deseja investir. Confira nesse artigo como ganhar dinheiro com o Kwai.

Mantenha o foco

Como já dissemos, é muito importante manter o foco no propósito da sua reserva de emergência. E o segredo para isso é simples: não resgatar o dinheiro.

Não se deixe levar pelo valor que você está acumulando e procure sempre se lembrar que você aplica este dinheiro para um bem maior. Ou seja, para assegurar o bem-estar financeiro durante a sua vida atual e futura.

Criar uma reserva de emergência ou quitar as dívidas antes?

Se você tem dívidas, o mais recomendado é que você quite-as e só depois comece a criar a sua reserva de emergência. 

As dívidas, quanto mais atrasadas ficam, mais juros são cobrados, logo, para evitar esta bola de neve o ideal é fazer um acordo de renegociação, quitar a dívida e só depois juntar o dinheiro para montar a sua reserva.  

Como guardar dinheiro estando endividado?

O primeiro passo é estudar e identificar para onde está indo seu dinheiro todos os meses. Desta forma, você vai conseguir pensar em como fazer sobrar dinheiro e conseguir guardar para quitar as suas dívidas.

Durante o processo, você deverá dividir suas finanças em 4 caixas fundamentais, que são:  

  • Sua renda 
  • Seus custos essenciais de sobrevivência (como alimentação, moradia, saúde, transporte, educação) 
  • Custos de desejo que não são necessidades (como presentes, delivery, cinema, viagens, cosméticos, etc.) 
  •  E finalmente, o valor para pagar as dívidas. 

Assim você conseguirá fazer o seu plano de pagamento da dívida e montar um planejamento financeiro eficiente, que futuramente te ajudará a guardar dinheiro e criar sua reserva de emergência.  

Quer saber como dividir sua vida financeira nestas 4 caixas? Inscreva-se no nosso Curso do Endividado e aprenda de forma fácil a quitar as suas dívidas para guardar dinheiro.  

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O que é reserva de emergência? 

A reserva de emergência é o valor que você guarda para te ajudar quando acontecerem situação inesperadas, como uma demissão, um acidente, etc. Este valor corresponde a alguns meses do seu custo de vida, por isso, para calcular, você precisa primeiro saber quais são os seus custos fixos mensais. 

O que é Selic? 

A Taxa Selic é a “taxa mãe” do Brasil: é ela que direciona todas as outras taxas de juros, como as de empréstimos, financiamentos, etc. A Taxa Selic é alterada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias, e ela serve para controlar a inflação.  

O que é IPCA? 

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o Índice de preços no consumidor, controlado pelo IBGE. Essa taxa serve para analisar padrões da inflação e acompanhar o aumento ou redução dos preços dos produtos e serviços. 

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